Grupo de Trabalho para a área da Conservação e Restauro Enfrentando uma lacuna há muito sentida, foi criado, sob proposta do SNBCI, o Grupo de Trabalho para a Área da Conservação e Restauro (GTCR). Aspirando à implementação de uma dinâmica de actuação concertada, junto de todos os responsáveis pelo património cultural da Igreja, dele fazem parte representantes de algumas das principais instituições nacionais associadas ao sector. Domínio de intervenção que se debate com problemas variados, nem sempre sinalizados, não é novidade que se justificam, em muitos casos, pela escassez de recursos financeiros ou pela ausência de técnicos especializados. Porém, outras são as contrariedades a enfrentar. Não aquilo que por impedimento financeiro se adia, mas o que efectivamente se faz: os procedimentos desadequados, causadores de intervenções danosas. Levadas a cabo por pessoas sem qualificação, por vezes de formação autodidacta, em actos de amadorismo apartados de qualquer normativa, se, por um lado, entroncam numa autonomia local especialmente nociva, assentam, por outro, na ausência de fiscalização e acompanhamento técnico apropriado. Pese embora a abundância de orientações normativas, no tocante à salvaguarda e conservação do património cultural, estas são frequentemente descuradas, por falta de uma acção mais escrupulosa e efectiva. Reconhecendo-se, com efeito, a insuficiência e fragilidade de alguns serviços vocacionados, pese embora o esforço de acompanhamento noutros casos, ele é manifestamente exíguo no panorama das 20 dioceses que marcam o mapa eclesiástico nacional. A formação desadequada em matéria de conservação preventiva, é outro dos grandes obstáculos a circunscrever. Lacuna que tem por base a reduzida sensibilidade para a importância do património, é notória a ausência de uma real consciência do seu valor, provocando, não raras vezes, a incompreensão da própria intervenção de restauro. Outra das lacunas a que é necessário corresponder, numa primeira fase de actuação, é a do desconhecimento do património em risco, cuja identificação não se verifica de modo sistemático, nomeadamente através da elaboração de cartas de risco, capazes de assinalar, pelo menos, os casos mais graves. Reunido pela primeira vez a 21 de Julho de 2011, na Conferência Episcopal Portuguesa, o GTCR definiu, como medidas a implementar, no quadro da sua actuação, as seguintes acções prioritárias:
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